domingo, 28 de janeiro de 2018

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Escrito na Água, de Paula Hawkins


"Um thriller intenso, da autora do bestseller mundial A Rapariga no Comboio

CUIDADO COM AS ÁGUAS CALMAS. NÃO SABEMOS O QUE ESCONDEM NO FUNDO. 

Nel vivia obcecada com as mortes no rio. O rio que atravessava aquela vila já levara a vida a demasiadas mulheres ao longo dos tempos, incluindo, recentemente, a melhor amiga da sua filha. Desde então, Nel vivia ainda mais determinada a encontrar respostas.

Agora, é ela que aparece morta. Sem vestígios de crime, tudo aponta para que Nel se tenha suicidado no rio. Mas poucos dias antes da sua morte, ela deixara uma mensagem à irmã, Jules, num tom de voz urgente e assustado. Estaria Nel a temer pela sua vida?

Que segredos escondem aquelas águas? Para descobrir a verdade, Jules ver-se-á forçada a enfrentar recordações e medos terríveis há muito submersos naquele rio de águas calmas, que a morte da irmã vem trazer à superfície.
Um livro profundamente original e surpreendente sobre as formas devastadoras que o passado encontra para voltar a assombrar-nos no presente. Paula Hawkins confirma, de forma triunfal, a sua mestria no entendimento dos instintos humanos, numa história com tanta ou maior intensidade do que A Rapariga no Comboio.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um dos livros mais aguardados de 2017.»
Revista TIME"

Não li o primeiro livro da autora "A Rapariga no Comboio", mas vi o filme e gostei bastante. Este Natal, um dos livros que o meu marido me ofereceu foi este, e mal terminei o que estava ler, comecei a lê-lo.
Ao início é preciso se estar com atenção na leitura, uma vez que o livro é dividido pelos pensamentos e a história contada por cada personagem. Uma vez entrando na onda da história (que é rápido!), ´w um livro fácil de ler e que nos cativa de uma maneira.... puuufff.

A verdade é que ficamos presos do início ao fim, cada vez mais, pois a trama vai-se adensando, e o que pareciam certezas, deixam de o ser... e no fim, nada é o que parece! É suspense do início ao fim!

Um livro mesmo muito bom, que recomendo vivamente a toda a gente que gosta de ler!

By Lum

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domingo, 21 de janeiro de 2018

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Ano Novo, alimentação mais saudável

Olá a todos,

Como já tinha dito, estive muito tempo sem fazer desporto por causa do pé e com essa "brincadeira" engordei 5-6kg. Como me sentia mais pesada e inchada e, numa ida às compras, vi um vestido lindíssimo que tentei experimentar o meu número e ele não me serviu, decidi que tinha mesmo que emagrecer e voltar ao meu peso. Mas por agora teria que emagrecer com uma mudança na alimentação e apenas a fazer 10-15 min por dia de bicicleta (que nunca é por diariamente, mas sim 2 ou 3 x por semana, porque não há grande tempo).


Antes demais, comecei a beber mais água. Antes era capaz de estar o dia inteiro sem beber água ou apenas com um copito de água, estando frio ou calor. Ora isso, reflectia-se em pele muito seca, andava sempre com a barriga inchada e principalmente, tinha muita dor de cabeça.
Entretanto, comecei por tentar beber pelo menos 1 litro de água por dia, mas o objetivo é beber 2. Instalei uma aplicação no telemóvel que me lembrava de beber água, e a verdade é que resultou.

De Inverno, o frio não convida a beber, e por isso levo uma garrafa térmica com chá quentinho ou outra bebida quente. 

Resultado: inicialmente não saía do wc, estava sempre com a bexiga cheia... puufff mas foi só ao início, depois o corpo habituou-se. Ando menos inchada, as dores de cabeça passaram (a não ser que seja do cansaço e afins, claro) e a minha pela está super hidratada e macia.


Para além disto, comecei a comer melhor. Quando digo melhor, é comer mais verduras, comidas mais saudáveis e, claro, menos quantidade (eu adoroooo comer!!).

O problema de eu comer "mal", era o facto de ter pouco tempo para cozinhar, e acabava sempre por comer as mesmas comidas, muita massa (adorooo massa!) e pouca verdura. 

O que mudei? 
1º Pesquisei receitas, existem blogs fantásticos com receitas fáceis, saudáveis e rápidas;
2º Comecei a planear no fim de semana os jantares para cada dia da semana e, por conseguinte, o que preciso de comprar a nível de verduras e frescos e vou às compras logo no 1º dia da semana;
3º Cortei no pão branco, e comecei a fazer pão de sementes em casa;
4º Em vez de levar pão e bolachas para o lanche (aquelas que dizem ser integrais), comecei a fazer o meu próprio lanche (bolachas, muffins e brownies saudáveis).

E com isto, já consegui emagreci quase 4kg num mês, ando menos inchada, sinto-me bem melhor. Brutal!


Irei publicar algumas receitas e as fontes das mesmas para que possam experimentar também :)

By Lum


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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

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Imola, Itália

Em Outubro de 2017, fui a Itália, mais propriamente a Imola. Foram só dois dias, um deles para trabalho e sobrou meio dia para passear.

Vista do hotel; Gastronomia

Fiquei no Hotel Donatello, e gostei bastante… O hotel tem SPA, embora não tenho experimentado. O pequeno almoço do hotel era bem variado: tinha imensas opções sem glúten e sem lactose! Quanto ao jantar, apenas tive que dizer que era intolerante à lactose, que prontamente me disseram que faziam qualquer prato do menu “lactose free”. E como estava em Itália, comi massa :P

Os homens conhecem Imola por causa do Gran prémio de San Marino de F1 que se fazia lá à uns anos. Também conhecem porque foi no aeródromo de Imola que morreu o Ayrton Senna.
Mas vamos por partes: o que há para ver em Imola?
Começando pelo grande monumento do centro da cidade: Rocca Sforzesca Di Imola.

Rocca Sforzesca Di Imola.

É um monumento imponente e lindo, exemplo da arquitetura da Idade Média e o Renascimento.
As obras de construção deste castelo remontam a 1332, no entanto no século XV este foi adaptado aos novos sistemas de defesa exigidos para a época, sob o poderio de Gian Galeazzo Sforza, assumindo a estrutura de fortaleza que tem na actualidade.

Rocca Sforzesca Di Imola - Visto de lado; edifício e jardim no seu interior

Em 1499, a fortaleza foi sitiada e conquistada por Cesare Borgia. Em 1502, Cesare chamou Leonardo Da Vinci para fortalecer o edifício após os danos sofridos pela sua artilharia.
Com o tempo, a fortaleza perdeu a sua função original, devido à perda da necessidade defensiva de Imola. Em 1524, a fortaleza tornou-se uma prisão, até 1958.
Em 1973, a fortaleza foi restaurada e transformada em museu aberto ao público.

Rocca Sforzesca Di Imola - Entrada

Infelizmente, não foi possível eu entrar no museu, pois este tinha fechado às 14h… o.O 
Não entendi a ideia, e acho que é um ponto negativo a dar.
Só foi possível andar em redor da fortaleza e entrar numa zona fechada com jardim.

Outro edifício para ver em Imola é a Catedral de Imola, dedicada a Cassiano Di Imola.

Cassiano Di Imola

É um edifício enorme, e muito bonito, mas mais um fechado durante a tarde.

Outra local a visitar é o Palazzo Tozzoni, que não consegui visitar.

Entrada do Palazzo Tozzoni

Este palácio foi construído na primeira metade do século XVIII pelo arquiteto Domenico Trifogli, sendo um exemplo raro de uma residência nobre e bem preservada, tanto a nível de arquitetura, mas também de mobiliário.
O Palácio abriu como museu em 1981, tendo sido doado pelo último descendente de Tozzoni, Sofia Serristori Tozzoni.

E quem vai a Imola, não pode deixar de visitar o Aeródromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari.

Aeródromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari.

Como já disse, este aeródromo recebeu, de 1980 a 2006, etapas do Grande Prémio de San Marino. O nome deve-se a Enzo Ferrari, fundador da marca Ferrari, e ao filho Dino Ferrari.

Aeródromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari; Ferrari da Fórmula 1; Local onde Ayrton Senna morreu

Junto ao aeródromo, que agora já não recebe qualquer corrida ou etapa, existe um museu.
Foi neste circuito que em 1994 morreu o famoso piloto Ayrton Senna. No local onde o acidente se deu, existe uma homenagem ao piloto. Na vedação da curva existem várias mensagens de homenagem deixada por anónimos.
Nessa zona fica um bonito jardim, e em frente à vedação pode-se ver uma estátua, também em homenagem ao piloto.

Estátua em homenagem a Ayrton Senna

Em conclusão, vale a pena visitar a cidade, é pequenina e vê-se bem a pé. Não é necessário mais de um dia para visitar. 

By Lum

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sábado, 13 de janeiro de 2018

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O fim da Saga...

Parece que finalmente a saga das dores no pé chegou ao fim...

A última vez que falei sobre as dores no pé, o ortopedista tinha-me mandado para o reumatologista. 
Pois bem, fui ao reumatologista e ele lá me mandou fazer mais exames: analises para ver se tinha artrite reumatóide e uma eco doppler para ver como estavam as minhas veias. 
Conclusão: as análises deram negativo para a artrite e o eco doppler revelou que a minha veia safena da perna esquerda estava a fazer refluxo em 3 pontos diferentes, ao que o médico me disse que as minhas dores e inflamação nos tendões eram da circulação.


Mas que raio?!

Mandou-me para a cirurgia vascular e lá fui eu... Cheguei à consulta, e o médico olhou para os meus exames e disse "Acho estranho as suas dores e inflamação serem provocadas pela circulação.". Ele disse que realmente tenho ali um pequeno problema, mas que usando meias de descanso, ajudaria imenso, mas que duvidava de todo que era isso que me provocava o problema.

Conclusão: comecei a usar meias de descanso, as dores e a inflamação continuaram... mais sessões de fisioterapia, para pelo menos aliviar os sintomas. 

Mas deixar de ter dores é que não. Desde de Maio nesta vida, não posso fazer caminhadas, não posso fazer desporto e com isso, engordei quase 5-6kg, passear é um desespero após algum tempo de pé... Não podia continuar assim.


E foi então, que a minha fisioterapeuta me disse para trazer os meus exames para o ortopedista da clínica ver. Ela falou com ele sobre todos os sintomas e afins, marquei consulta, ele viu os exames, e disse que era super estranho a ecografia detectar inflamação nas articulações e tendinite nos peroniais e a ressonância magnética não. Disse que antes de repetir a ressonância (que é cara como o caraças, muito provavelmente o seguro não iria cobrir segunda vez), ía fazer um tratamento de choque.

Ora, tratamento de choque... medo!


Então o que era o tratamento? Um infiltraçãozinha com cortisona à mistura e uns comprimidos fortes "pa caraças".
E pronto, lá fiz eu a infiltração e a medicação durante 7 dias! E não é que melhorei 90%!!!!!

Para começar, tive uns efeitos secundários muita estranhos: agitação/ansiedade; dores de estomago; e o mais estranho, calor... muito calor! Sim, uma frio do catano, e eu a morrer de calor, a suar em bica, literalmente com o termostato avariado! Durante uns 4-5dias foi assim, acordava encharcada, suava durante todo o dia... não gostei! Mas a verdade é que valeu o esforço!

Neste momento, já consigo fazer bicicleta, já consigo caminhar durante o meu horário de trabalho sem dores e sem parecer uma maluquinha a caminhar/mancar. Apenas depois de todo o esforço ao fim do dia, doí-me um pouquinho. No entanto, a inflamação reduziu imenso, agora é fazer mais algumas sessões de fisioterapia e tudo indica que finalmente ficarei boa!



Conclusão final: após 3 ortopedistas diferentes, 1 reumatologia, 1 cirurgião vascular, raio-x, ecografias, ressonância e análises... e, ao fim de 7 meses de dores, faço um tratamento de choque e resulta na perfeição! E que tal me terem poupado a estes tempo de todo de dores, dinheiro gasto em consultas e exames e terem-me receitado logo isto?! Há médicos que realmente.... puuuffff

By Lum


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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Guimarães - Castelo e Paço dos Duques

Já faltava um post sobre a cidade de Guimarães, o chamado berço de Portugal! 
Fui aluna de mestrado do Polo de Azurém da Universidade do Minho, pelo que este post é obrigatória.

Chegada a Guimarães

Mas começando pelo Castelo de Guimarães...

Interior do Castelo de Guimarães

Á uns anos atrás, o castelo tinha entrada gratuita, mas não se visitava a torre, e a passagem em redor do castelo era íngreme e perigosa. Neste momento paga-se 2€ (fica mais barato se comprarem bilhetes combinados, mas já falarei mais à frente), mas agora existe passadiço em redor do castelo, sendo mais seguro a passagem e é possível entrar-se no interior da torre.

A fortaleza do Castelo de Guimarães foi construída no século X, quando a Condessa Mumadona Dias constrói na sua herdade um mosteiro e tem a necessidade de guardar e defender os monges e comunidade cristãs dos constantes ataques dos mouros e normandos.

Interior do Castelo - Passagem para a Torre

No século XII, dá-se a formação do Condado Portucalense, oferecido pelo rei D. Afonso VI de Leão e Castela à sua filha ilegitima D. Teresa de Leão pelo casamento com o Conde D. Henrique. Estes vem viver para Guimarães, e mandaram realizar várias obras no castelo, por forma a ampliá-lo e torná-lo mais forte. Dizem que foi no interior que provavelmente teria nascido D. Afonso Henriques.

Vários reis, entre os séculos XIII e XV realizaram várias obras de melhoramento e restauro do castelo.
Ficou conhecido por vários acontecimentos, tal como a Batalha de S. Mamede em 1128. Uma vez perdida a função defensiva, o Castelo ficou ao abandono e exposto à degradação até ao século XX, quando é declarado Monumento Nacional.

Vista do Castelo; Réplica da Espada de D. Afonso Henriques; história do Castelo em imagens e mapas

Na torre do Castelo é possível seguir toda a história do castelo através de imagens e mapas. Tem também uma replica da famosa espada de D. Afonso Henriques. Do Castelo pode apreciar-se uma vista ampla sobre a cidade, em que se vê também o Paço dos Duques de Bragança.

Estátua de D, Afonso Henriques, com a Igreja de S. Miguel do Castelo atrás

Entre o Paço dos Duques e o Castelo, situa-se a Igreja de S. Miguel do Castelo, construída muito provavelmente pelo Conde D. Henrique no início do século XII. É uma igreja de pequenas dimensões, mas com grande simbolismo, uma vez que terá sido aí que foi baptizado D. Afonso Henriques. Dentro da pequena igreja, é possível ver-se a pia baptismal. A entrada é gratuita.

Passando ao Paço dos Duques de Bragança...

Vista do Castelo para o Paço dos Duques e Igreja de S. Miguel do Castelo

O Paço dos Duques foi mandado construir no século XV por D. Afonso, filho bastardo do rei D. João I e futuro Duque de Bragança, e que serviu de residência a si e à sua segunda mulher, D. Constança de Noronha.
No século XVI entra em abandono e posteriormente em ruína que se agravou até ao século XX. O palácio começou a ser alvo de obras de reedificação em 1937 e transformado em museu a partir de 1959.

Interior do Paço dos Duques - fotos de algumas das salas que se podem visitar

Ao visitar o interior do Paço, é possível ver as várias salas onde se encontram enormes tapeçarias que narram várias histórias dos descobrimentos, mobiliário português e porcelanas da Companhia das índias. Existe ainda uma sala com várias armas e armaduras expostas. É possível ver enormes salões , uma capela com vitrais lindíssimos, e ainda o quarto de D. Catarina de Bragança.

O preço do bilhete normal para entrar no Paço é de 5 euros. No entanto, se comprar o bilhete combinado Paço dos Duques+Castelo de Guimarães pagam 6 euros (poupam 1 euro). Existem aqueles bilhetes especiais para crianças com menos de 12 anos, estudantes e reformados.

Igreja da Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos

Toda a cidade é envolta em história, onde é possível ver edifícios fantásticos. De salientar, a Igreja da Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, sendo um exemplar na arte barroca na cidade. 

Como Chegar:
Do Porto (56 Kms): Auto-Estrada A3 > ao Km 30 saída para a A7-Guimarães > segunda saída “Guimarães" 

De Lisboa (367 Kms): Auto-Estrada A1/Norte até ao Porto > Auto-Estrada A3 > ao Km 30 saída para a A7-Guimarães > Guimarães oeste 


Vale a pena a visita à cidade!

By Lum

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sábado, 6 de janeiro de 2018

Castelo de Ourém

Na nossa ida em Setembro de 2017 ao Santuário de Fátima, aproveitamos para ir visitar o Castelo de Ourém.

Chegada ao Castelo de Ourém

O Castelo fica situado no conselho de Ourém, distrito de Santarém, no topo mais alto da cidade. É também conhecido como Paço dos Condes de Ourém.

Para se chegar ao Castelo, é necessário percorrer a zona velha da cidade de Ourém, subindo estradas  íngremes e a pique, mas vale a pena, pois a zona é lindíssima. 

Fachada interior do Castelo; Vista do Castelo sobre a vila de Ourém

Este Castelo foi conquistado por D. Afonso Henriques aos mouros em 1136, embora o actual castelo fosse apenas construído em 1178.

Segundo se conta, o nome da cidade, Ourém, deve-se à história de uma moura que se apaixonou por um cavaleiro cristão, convertendo-se ao Cristianismo e adoptou o nome de Oureana. Antes, o nome da terra era Abdegas. Este acontecimento é comprovado pela carta foral em que D. Afonso Henriques doava a povoação a sua filha, D. Teresa.

Uma das Torres do Castelo de Ourém

Uma das torres do Castelo (a que fica virada para noroeste), ficou conhecida como "Torre de D. Mécia", uma vez que foi lá que D. Mécia Lopes de Haro ficou encarcerada, após ter sido raptada pelos partidários do infante D. Afonso, preocupados com a possibilidade de descendência ilegítima da união entre ela e o rei D. Sancho II, uma vez que eram primos. D. Mécia permaneceu nessa torre até se retirar para Castela.

Sob o reinado de D. Dinis, a vila foi doada à Rainha Santa Isabel, no entanto, e devido ao fraco povoamento, esta reverteu novamente à coroa. 
No reinado de D. Pedro I, Ourém foi elevada a condado, sendo o 1º Duque de Ourém D. João Afonso Teles de Menezes, tio da rainha D. Leonor Teles.

Por intermédio de D. Leonor Teles, D. Fernando I entrega o título de 2º Conde de Ourém a João Fernandes Andeiro, conhecido por Conde Andeiro, amante da rainha.

Jardim do Terreiro no interior do Castelo, onde se encontra a Estátua de D. Nuno Alvares Pereiro, 3º Conde de Ourém

Ao deslocarmos-nos em redor do Castelo, deparamos-nos com um jardim enorme, muito arranjado e bonito, onde é possível apreciar a paisagem sobre a cidade. No meio do jardim, do lado norte, encontra-se a estátua de D. Nuno Alvares Pereira, o Contestável do Reino.

Estátua de D. Nuno Alvares Pereira, 3º Conde de Ourém e Condestável do Reino

Após o assassinato do Conde Andeiro pelo Mestre de Avis, futuro rei D. João I, D. Nuno Alvares Pereira recebe o título de 3º Conde de Ourém. Foi daqui que partiu para a famosa Batalha de Aljubarrota.

No século XV, o neto do rei D. João I, D. Afonso 4º Conde de Ourém, transformou o castelo em Paço residencial, adoptando uma arquitetura militar e palaciana.

Foto da a espectacular arquitectura do Castelo

O Castelo é realmente lindíssimo, de arquitetura invulgar. 

Durante o terramoto de 1755, o Castelo e a parte velha da Vila foram parcialmente destruídos, sendo a vila abandonada.

Fachada interior 

Após vários períodos em que o Castelo foi-se degradando e ruindo devido ás várias intempéries e abandono, na década de 60 começou a ser alvo de alguns restauros. 

Uma das Torres do Castelo de Ourém

Aconselho a visita tanto ao Castelo como a Vila! Apesar do castelo ter algumas partes em ruína, é possível admirar a sua arquitectura... é um castelo de uma beleza realmente invulgar! A entrada é gratuita!

By Lum
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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Padeira de Aljubarrota, de Maria João Lopo de Carvalho


"Muitas histórias correram sobre a humilde mulher que, em 1385, numa aldeia perto de Alcobaça, pôs a sua extrema força e valentia ao serviço da causa nacional, ajudando assim a assegurar a independência do reino, então seriamente ameaçada por Castela. É nos seus lendários feitos e peripécias, contados e acrescentados ao longo dos tempos, que se baseia este romance, onde as intrigas da corte e os tímidos passos da rainha-infanta D. Beatriz de Portugal se cruzam com os caminhos da prodigiosa padeira de Aljubarrota, Brites de Almeida, símbolo máximo da resiliência e bravura de todo um povo."

Este livro foi uma agradável surpresa. Quando o comecei a ler, fiquei receosa de ser um pouco maçudo , pois o livro é enorme... mas não! O livro prendeu-me à leitura logo desde de início. Brites de Almeida foi uma melhor valente e que sofreu bastante por ser diferente: tinha corpo e força de homem, olhos pisqueiros, tinha 6 dedos em cada mão, em resumo, não era bonita. Desde de cedo viu-se ser chamada de Dama Pé de Cabra! Passou por várias provações, sendo acusada de bruxa. 
Adorei a forma como a autora ligou a vida de Brites com os acontecimentos históricos de Portugal. De como a ligou a rainha-infanta D. Beatriz, sendo o escudeiro Lopo a paixão em comum das duas.

Um aparte nesta história, não posso deixar de notar, que neste livro e no livro Tentação de D. Fernando (ver post aqui), que D. Leonor Teles é descrita sempre da mesma forma: maldosa, ambiciosa, intriguista e em que muito fez sofrer D. Fernando que era estupidamente apaixonado por ela. Tenho o livro Rosa Brava para ler que é sobre ela, e até estou curiosa para ver a descrição que fazem. No entanto, não posso deixar de achar que, apesar da maldade, que foi uma mulher inteligente e estratega.

Outro aparte nesta história, não posso deixar de sentir alguma "pena" de D. Beatriz. Parece-me ter sido apanhada no meio de uma teia, ainda tão novinha, não tendo possibilidade de se afirmar como rainha de Portugal. Não teve culpa das escolhas feitas pelos pais para a casar. Não é uma infanta muito falada na nossa história, mas historiadores dizem que D. Beatriz "Amava Portugal, mas Portugal esqueceu-a."

Um livro de leitura obrigatória que nos prende do início ao fim!

By Lum 

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